O quê você precisa saber antes de investir em Bitcoin e Ether
- MundoZ! Dinheiro
- Atualizado: Quarta, 05 Abril 2023 19:10
- Views: 940
Vamos ver quais são as grandes diferenças entre as duas principais criptomoedas do mercado. Para começar a investir em qualquer criptomoeda, a coisa mais importante é entender a finalidade para qual ela foi criada. Saber quais são os principais atributos de um determinado ativo digital e conhecer suas características é algo que certamente vai evitar que você perca seu dinheiro.
O bitcoin surgiu em 2008, quando foi publicado aquele famoso whitepaper sobre o seu protocolo e é a primeira moeda digital criada no mundo. Esse documento [whitepaper] contém as todas as informações sobre o que é o Bitcoin, tendo sido enviado por e-mail para uma lista de contatos que já se interessavam por criptografia.
O documento [whitepaper] supostamente foi criado por Satoshi Nakamoto, que na verdade ninguém sabe ao certo se é uma pessoa ou um grupo de pessoas, a identidade do autor ou autores ainda é um mistério.
Bitcoin seria um imenso laboratório
Fato é, que o Bitcoin é um grande, muito bem pensado e estruturado ‘sistema de dinheiro eletrônico’, algo que mais parece como uma espécie de ‘nova ordem financeira’, ou pelo menos o embrião dela, e por isso mesmo fica difícil acreditar que apenas uma pessoa tenha criado algo tão complexo e estruturado, mas enfim.
É tão bem pensado que simplesmente não necessita das instituições financeiras tradicionais, como a rede bancária, para que as pessoas consigam transferir valores e fazer seus pagamentos. Pelos menos essa era a ideia inicial, antes da regulamentação por parte dos governos. Coisa que ainda estamos por ver.
E é justamente por conta dessa rede totalmente descentralizada que o bitcoin é visto como uma saída ao sistema financeiro ora vigente no mundo, quase como uma ‘nova ordem’. Embora, pareça que, na verdade, essas duas coisas estejam intimamente ligadas.
E isso é mais um fator que só reforça o pensamento de que tudo isso, desde o lançamento do bitcoin, há mais de uma década, passando pelo crescimento desse grande eco sistema de moedas digitais, na verdade não passou de um imenso laboratório, um campo de testes, onde o mundo todo foi usado para verificar a viabilidade da implantação de uma meda totalmente digital, culminando com a regulamentação por parte dos governos.
Mas o que você pode estar se perguntando é:
Se não existe um banco central por trás da coisa toda, como essas transações serão validadas e garantidas? O bitcoin está alicerçado numa nova tecnologia considerada muito segura, conhecida como blockchain, uma cadeia de blocos, e cada bloco está conectado à outros blocos, altere um desse blocos e você quebra toda a cadeia, tendo que recomeçar toda a verificação novamente, desde o inicio - e haja poder de processamento para fazer uma coisa dessas.
A blockchain é uma espécie ‘livro contábil descentralizado’ que armazena todos os registros das transações que acontecem na rede.
Resumindo:
A blockchain armazena um registro das informações do total de moedas que estão ‘circulando’, quem fez os envios dessas moedas, quem recebeu as moedas e quando as transações foram feitas, além de outras informações igualmente importantes.
Mas o pode me garantir que essas informações são verdadeiras?
Este é um enorme sistema de dados públicos e distribuídos entre milhões de usuários, além dos próprios mineradores, que ficam responsáveis por garantir que o ‘mecanismo de consenso da rede’ continue a funcionar, através da autenticação das transações feitas na rede, e ainda faça a validação dos novos blocos de informações para a rede blockchain.
A evolução do bitcoin e a adoção pela comunidade
Após o surgimento, o bitcoin teve uma grande elevação de preços, justamente em decorrência da chegada de novos adeptos (compradores).
Ainda em maio de 2010 o bitcoin ganhou a sua primeira cotação, quando foi, supostamente utilizado para comprar duas pizzas. Nessa primeira transação ‘real’ foram gastos 10 mil bitcoins no pagamento das duas pizzas, totalizando o valor de 50 dólares, na época.
Já em 2011 o bitcoin alcançou paridade com o dólar, 1 BTC valia 1.00 dólar. Sendo que em julho de 2016, a moeda já estava valendo nada mais, nada menos, do que 665.00 dólares. E em 2019 já custava 11.800 dólares. Em novembro de 2021, o bitcoin bateu seu valor mais alto, até aqui, custando incríveis 69.000 dólares.
Os fatores que despertaram o interesse das pessoas pela compra do bitcoin foram muitos ao longo desses anos todos. Incluindo, mas não se limitando, aos tweets do Sr. Musk (tambpem conhecido como ‘fucking Elon’) veja mais sobre essa história aqui.
O biticoin, que já foi considerado como ‘uma forma anônima de se transferir valores’ usando a internet, hoje em dia já é tido pelos investidores de grande porte como sendo uma reserva de valor importante.
O bitcoin foi a primeira criptomoeda dessa nova economia e acabou sendo a origem de uma nova classe de ativos, dentre os quais, o ether se destaca.
Como surgiu o ether?
O Ether é considerado o segundo maior ativo digital do mundo e vem atraindo a atenção de grandes investidores graças ao seu crescimento, principalmente a partir de 2020. Muitas pessoas acreditam que o ether pode até ultrapassar o bitcoin em termos de preço em um futuro não muito distante. Ele foi lançado em 30 de julho de 2015 pelo programador Vitalik Buterin, um jovem com apenas 21 anos na época.
Em agosto daquele mesmo ano o ether já valia 0.70 centavos de dólar, e quase 14.00 dólares em julho de 2016, 290.00 dólares em julho de 2019 e chegou a mais de 2.500 dólares em julho de 2021.
O ether é o meio de pagamento dentro da plataforma chamada Ethereum, empregada para armazenar os registros das transações e sistemas que dependem dessa tecnologia. Esses sistemas, conhecidos como contratos inteligentes, automatizam os relacionamentos entre as partes envolvidas durante uma determinada transação.
Com a rede Bitcoin também é possível criar esse tipo de sistema, mas com o Ethereum, os contratos inteligentes podem criar sistemas muito mais complexos e são desenvolvidos de uma maneira muito mais simples.
Bitcoin funcionaria como um ativo escasso
Assim como o Bitcoin, a rede Ethereum faz uso da tecnologia blockchain para registrar os movimentos que ocorrem na rede e atualmente conta com uma estrutura igual às mais importantes criptomoedas do mercado.
Ao contrário do bitcoin, a oferta do ether não é limitada, e novos tokens são frequentemente criados.
Outra grande diferença é que a plataforma Ethereum recebe atualizações frequentes e obrigatórias, enquanto o Bitcoin é atualizado com menos frequência e as novas versões são opcionais. Isso sugere que o Bitcoin está programado para passar por menos mudanças do que o Ethereum ao longo dos anos.
Bitcoin e ether são moedas digitais semelhantes em termos de uso: elas precisam de blockchain, mineração e não têm um controlador central, mas os ativos têm funções diferentes dentro de um universo idêntico.
O Bitcoin funciona como um ativo escasso dentro do ambiente digital, enquanto o ether funciona como uma espécie de ‘combustível’ para o registro e funcionamento de contratos inteligentes dentro da rede Ethereum.
Ou seja, os ativos são diferentes e não competem entre si e, além de terem uma grande importância no universo das criptomoedas, ambos estão contribuindo para uma mudança sem precedentes no mercado financeiro mundial.
Veja também
- Elon Musk diz porque apoia a Dogecoin e não o Ethereum
...