3 curiosidades sobre hacking no mundo atual
- Hacktivismo vem crescendo com a Era Digital.
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- MundoZ! Tecnologia
- Atualizado: Sexta, 13 Novembro 2020 18:00
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O mundo dos hackers é um grande mistério para muita gente, eles utilizam computadores ou mesmo dispositivos móveis para comprometer sistemas de empresas, computadores e smartphones pessoais. Embora muitas vezes estejam ligados a crimes virtuais, nem sempre, os hackers realizam ações criminosas.
O movimento do hacktivismo vem crescendo bastante no mundo todo e se caracteriza por atos que visam trazer as manifestações sociais das ruas para a internet. Vamos ver algumas curiosidades sobre haliking, essa atividade cada vez mais difundida nos dias de hoje.
Conceito de hacking
Antes de falarmos sobre as curiosidades do mundo hacker, precisamos entender o que é hacking. O termo basicamente engloba atividades que buscam comprometer dispositivos digitais, e aqueles que praticam essas ações recebem o nome de hackers. Estes indivíduos podem se infiltrar em sites, dispositivos móveis, computadores e até comprometer redes inteiras de sistemas corporativo.
As principais referências que temos sobre hacking são aquelas que caracterizam estas pessoas como cibercriminosas. No entanto, nos últimos anos, o hacking vem ganhando um sentido bem mais político e social.
Hackers X crackers
Esta é uma das curiosidades atuais do mundo hacking. Há uma divisão bem clara entre hackers e crackers, embora no Brasil a imprensa tenha deixado de lado esta divisão e convencionou chamar os criminosos digitais de hackers, o que não é exatamente correto, uma vez que os hackers não são aqueles que cometem crimes virtuais, e por isso os 'hacktivistas' vêm tentando se distanciar da forma pejorativa como a comunidade hacker vem sendo tratada nos últimos anos.
Segundo eles, hackers são pessoas que conhecem tudo de internet e não utilizam seus conhecimentos para fins desonestos. Existem até os chamados os "chapéus brancos", tradução livre para a expressão “white hats”, em inglês, que caracteriza os hackers que colocam os seus conhecimentos para o bem a serviço das empresas.
Já os crackers são aqueles que usam as suas aptidões em tecnologia utilizando computadores sofisticados ou dispositivos móveis como smartphones para para cometer os chamados crimes virtuais, sendo responsáveis por roubo de dados, fraudes, etc — estes são os verdadeiros cibercriminosos.
No livro 'Hacktivism and Cyberwars', dos escritores Tim Jordan e Paul Taylor, a palavra “hacker” nada tem a ver com manipulação maléfica da tecnologia com o inruito de roubar dados. Por isso, hacktivistas sempre reiteram o uso dos termos “hacker” e “cracker” para diferenciar os adeptos dessa área.
Protesto e exposição
O hacktivismo trouxe os protestos das ruas para o ambiente virtual. Os hacktivistas usam a web de forma contundente, criando raízes e estimulando projetos na área. A ideia principal é fazer oposição a governos e grandes empresas privadas, investindo em ações que representem uma espécie de “ameaça” a essas autoridades.
Um exemplo disso é o Código de Consciência, desenvolvido por ONGs de todos os continentes. A iniciativa mantém um software de código aberto, que combina dados das áreas protegidas na Floresta Amazônica com a geolocalização das máquinas utilizadas para o desmatamento.
Este recurso consegue detectar quando máquinas pesadas entram em áreas protegidas ilegalmente e desligam o seu sistema, explica Raoni Metuktire, líder Kayapó.
A robô Rosie também é outro grande exemplo de hacktivismo. Ela é bastante popular no Twitter e consegue auditar as atividades que utilizam recursos públicos. Assim, ela identifica ações suspeitas e marca os parlamentares envolvidos na rede social.
Liberdade de dados
No Brasil, a linha mais conhecida de hacktivistas defende a abertura dos dados como uma forma de trazer mais transparência aos gastos com o dinheiro público. No país, as ações do movimento são voltadas a projetos que exponham informações, que segundo os hacktivistas, todos os cidadãos deveriam ter.
Isso foi um dos grandes motivos para que plataformas, como o Portal da Transparência, começassem a existir. O objetivo deste grupo, como mostrado acima, em projetos a exemplo da robô Rosie e do Código de Consciência, é fazer com que as informações sobre os gastos públicos estejam disponíveis para todos.
Legislações sobre a proteção de arquivos, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), a Lei de Acesso à Informação e o Marco Civil da Internet, tiveram influência positiva da atuação de hacktivistas brasileiros.
Entretanto, mesmo com todos os benefícios trazidos pelos hacktivistas, o hacking ainda sofre bastante preconceito. Desse modo, os indivíduos que atuam na área buscam mudar esta lógica, promovendo ações legítimas e não criminosas.