Facebook estaria contribuindo para um `colapso civilizacional`
- Jornalista se referiu ao Facebook como uma "potência estrangeira hostil".
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- MundoZ! Tecnologia
- Atualizado: Domingo, 03 Outubro 2021 13:36
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'O Facebook é um instrumento de disseminação de mentiras para o colapso civilizacional': a revista da viúva de Steve Jobs acusa o gigante das redes sociais de ser uma 'potência estrangeira hostil'.
A revista criticou o Facebook por sua 'imunidade às obrigações cívicas' e 'indiferença à resistência da democracia'.
Adrienne LaFrance se refere aos usuários do Facebook em todo o mundo como 'uma população gigantesca de indivíduos que optam por viver sob o governo do CEO Mark Zuckerberg'.
O Facebook está desenvolvendo sua própria moeda e um conselho de supervisão que poderia atuar como um órgão legislativo.
The Atlantic, a revista e editora multiplataforma administrada por uma empresa de propriedade da viúva de Steve Jobs, está tecendo críticas brutais ao Facebook, inclusive chamando-o de 'instrumento do colapso civilizacional'.
A ação da revista está deixando uma semana difícil para o gigante das redes sociais ainda pior.
A editora executiva Adrienne LaFrance referiu-se ao Facebook como uma "potência estrangeira hostil" e criticou fortemente o CEO Mark Zuckerberg em uma coluna intitulada The Biggest Autocracy on Earth (A maior Autocracia da Terra, em tradução livre) publicada na segunda-feira.
LaFrance citou 'seu [do Facebook] foco único está em sua própria expansão; sua imunidade a qualquer senso de obrigação cívica; seu histórico de facilitar o enfraquecimento de eleições; sua antipatia pela imprensa livre; a insensibilidade e arrogância de seus ‘governantes’ [dirigentes do Facebook]; e sua indiferença pela resistência da democracia. '
“O Facebook é um instrumento de disseminação de mentiras do colapso civilizacional”, acrescenta ela. ‘Ele é projetado para reações emocionais de força bruta, reduzindo a interação humana ao clique de alguns botões apenas. O algoritmo [do Facebook] guia os usuários inexoravelmente em direção a materiais menos ponderados e mais extremos, porque é isso que mais eficientemente provoca uma reação nas pessoas. Os usuários são ‘treinados’ implicitamente para buscar reações ao que postam na rede, e isso acaba que perpetua o ciclo.’
'Os executivos do Facebook têm tolerado a promoção em sua plataforma de propaganda, de recrutamento de terroristas e genocídio. Eles apontam para virtudes democráticas como a liberdade de expressão para se defender, enquanto desmontam a própria democracia.'
Laurene Powell Jobs, a viúva do fundador da Apple, Steve Jobs, que herdou sua fortuna de 21 bilhões, é proprietária do a Atlantic por meio de sua empresa The Emerson Collective. O Emerson Collective adquiriu uma participação majoritária na a Atlantic em 2017.
LaFrance acrescenta que com o desenvolvimento de um sistema monetário baseado em pagamentos fora de blockchain, o Facebook está perto de alcançar todas as coisas que representam o tornariam uma espécie de país: terra (a própria plataforma),uma moeda própria e uma filosofia de governança e pessoas.
'Os reguladores e os bancos temiam' que Diem, o sistema monetário que o Facebook está desenvolvendo, 'pudesse desequilibrar a economia global e dizimar o dólar.
LaFrance se refere aos usuários do Facebook em todo o mundo como 'uma população gigantesca de indivíduos que optam por viver sob o governo de Zuckerberg'.
“Zuckerberg sempre tentou fazer com que os usuários do Facebook se imaginassem como parte de uma grande democracia”, escreve ela. "É por isso que ele se inclina mais para a linguagem da governança (como um país) do que para o mundo corporativo."
Ela acrescenta que o Facebook está planejando lançar um conselho de supervisão que se parece muito com uma ‘assembleia legislativa’.
Tudo isso define a empresa e seus bilhões de usuários como 'um estado estrangeiro (dentro dos Estados Unidos), povoado por pessoas sem soberania, governado por um líder com poder absoluto'.
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