Os 10 perigos da piscina que todos os pais precisam saber
- Tem filhos pequenos? Considere cercar a piscina de casa. Veja este e outros cuidados que devemos ter com as crianças quando próximas à piscinas.
- Tempo de leitura: 4 minutos
- Marília Tannuri Verni - Colaboração para MundoZ!
- Atualizado: Terça, 20 Outubro 2020 16:13
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Segundo dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático 5 mil pessoas se afogam todo ano no Brasil, 17 pessoas morrem afogadas todos os dias, sendo 3 delas crianças e o afogamento é a segunda causa de morte entre crianças de 1 a 9 anos.
A maioria dos casos acontece em rios, lagos e corredeiras e o Brasil é o 3° país com mais mortes por afogamento no mundo.
Você pode imaginar que notaria alguém se afogando e gritando por socorro - mas, na realidade, o afogamento é silencioso. Crianças pequenas demonstram muito pouco movimento nos braços e pernas e podem ter apenas tempo para respirar rapidamente - não o suficiente para gritar - antes de afundar.
Nesse artigo vamos listar os principais perigos escondidos em uma piscina e como os pais devem ficar atentos a esses pontos.
1) Não ter um “observador da água” designado
Você está em um churrasco de verão e as crianças estão brincando alegremente na piscina, mas cada pai acha que outra pessoa está prestando atenção - o que significa que ninguém está. Este é apenas um erro que mesmo os pais cuidadosos cometem por engano. O ideal é sempre designar um “observador da água” que seja responsável por não fazer nada além de observar a piscina - sem usar o telefone ou socializar - e alternar os observadores da água a cada 10 a 15 minutos.
Uma boa dica é entregar aos pais de plantão um “Cartão de Vigilância da Água” físico para torná-los duplamente cientes de que estão de plantão até que passem o cartão - e a responsabilidade - para a próxima pessoa.
2) Mensagens de texto
As piscinas domésticas geralmente não têm salva-vidas - mas mesmo quando você estiver em uma piscina pública, certifique-se de que você ou o responsável pelos seus filhos não dependem apenas de um salva-vidas para cuidar das crianças.
Antes dos smartphones, havia outras distrações em piscinas e praias - ler livros e revistas, conversar com outros pais - distração que pode colocar uma criança em risco. Certifique-se de estar vigilante e crie regras para babás que estão cuidando de seus filhos na piscina, como não usar o telefone celular.
3) Problemas respiratórios após nadar
Você pode ter ouvido falar em termos como "afogamento a seco" ou "afogamento secundário" que são histórias sobre crianças que pareciam perfeitamente bem depois de sair de uma piscina, mar ou lago e então, de repente, até um dia depois, acabam com dificuldades respiratórias. A ideia é aterrorizante, mas esse tipo de 'afogamento' repentino, sem sintomas anteriores, simplesmente não acontece.
No entanto, você deve estar atento após um resgate na água ou qualquer situação em que a criança tenha aspirado água. Se, após um resgate na água, uma criança tiver tosse excessiva ou prolongada, respiração rápida ou difícil, ou não estiver respirando normalmente ou 'agindo direito', os responsáveis também devem procurar atendimento médico imediato.
4) Crianças que correm riscos
Descobriu-se através de um estudo americano que cerca de 84% - ou 8 em cada 10 crianças - que se afogam fatalmente são do sexo masculino.
Os meninos tendem a assumir maiores riscos do que as meninas em geral e correm maior risco de muitos tipos de lesões.
Mergulho superficial, afundamento agressivo, jogos de prender a respiração e outros comportamentos de risco devem ser evitados tanto entre meninos quanto entre meninas. Além disso, não deixe as crianças correrem ao redor da piscina, pois os decks podem ser escorregadios.
5) Contando com bóias e flutuadores
Bóias, coletes e outros dispositivos de flutuação podem dar aos pais - e às crianças - uma falsa sensação de segurança. Nunca presuma que seu filho está seguro usando brinquedos de flutuação, como câmaras de ar, jangadas, macarrão ou outros itens semelhantes.
Eles não são uma substituição para um colete salva-vidas aprovado pela Marinha Brasileira, que é a opção mais segura para as crianças quando estão dentro e perto da água. Mas mesmo com um colete aprovado, não tire os olhos de seu filho. Além disso, as aulas de natação são cruciais para que as crianças aprendam a nadar por conta própria.
6) Piscinas infantis
Seus filhos vão adorar aquela pequena piscina inflável, mas só porque é rasa não significa que não seja perigosa. A água morna e rasa dessas piscinas geralmente água da torneira, não tratada, pode ser o terreno fértil para infecções transmitidas pela água.
Elas também representam um perigo de afogamento, mesmo se a água for rasa - uma criança pode se afogar em até cinco centímetros de água.
Devemos garantir que as crianças nunca fiquem na água sem supervisão e esvaziar a piscina após cada uso para evitar o crescimento de bactérias. Você também deve armazenar sua piscina infantil de cabeça para baixo, para que a água da chuva não se acumule.
7) Piscinas sem vedação
Piscinas de quintal podem ser uma delícia, mas precisam ser fechadas.
Se você tem filhos pequenos, considere cercar a própria piscina, não apenas o quintal; lembre-se apenas de que uma cerca não é infalível para muitas crianças.
Uma cerca de piscina não substitui a supervisão dos pais. Uma criança persistente de cinco anos, com tempo suficiente, provavelmente pode superar qualquer barreira. Definitivamente, mantenha cadeiras e móveis longe da cerca da piscina e mantenha os brinquedos fora da área da piscina quando a piscina não estiver em uso - para que as crianças não sejam incentivadas a tentar entrar na cerca da piscina. O ideal são portões de autofechamento e autotravamento em vez de portões manuais, com uma trava inalcançável. Além disso, ao visitar a casa de amigos com piscina, certifique-se de que seu filho não possa sair sem o seu conhecimento - e se uma criança desaparecer, sempre verifique a piscina primeiro.
8) Escadas
Você pode pensar que uma piscina acima do solo é segura porque as crianças não podem cair com facilidade - mas não subestime a curiosidade de uma criança. Aqueles com uma piscina acima do solo ou portátil devem guardar as escadas quando os adultos não estiverem presentes - para evitar que as crianças tenham acesso.
9) Tampas de drenagem
A sucção dos ralos e filtros da piscina pode ser um perigo. As crianças devem ser ensinadas a evitar o ralo da piscina, e é importante que os proprietários saibam como desligar a bomba da piscina em caso de emergência.
Leis recentes em torno da fabricação de ralos ajudaram a evitar mortes por entalamento de ralos, mas você ainda deve estar atento e manter as crianças afastadas - especialmente em piscinas mais antigas como as de chácaras.
10) Choque elétrico
Você sabe que eletricidade e água não se misturam, mas e as luzes da piscina, sistema de som e outras fiações elétricas na área da piscina?
Certifique-se de que a luz da sua piscina seja supervisionada regularmente.
A eletricidade é usada para fazer funcionar bombas e aquecedores, que também precisam de manutenção adequada. O equipamento da piscina deve ser fornecido com interruptores de circuito de falha de aterramento.
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